sábado, 31 de janeiro de 2009

Amor

Reviver, relembrar, reagir.
Não pode se entregar assim.
Vivemos lutando contra os nossos fantasmas. Fatos, pessoas, objetos e valores que, de certa forma, nos incomoda. Seja um incomodar de não agradar a presença, seja um incomodar de simplesmente fazer-te sentir algo indesejado. Hoje eu simplesmente dei murro em ponta de faca, abri um corte em minha alma e deixei-a sangrar, escorrer e sentado no carro assisti a cena, como uma criança frágil e trêmula.
Nada que um cigarro te faça acalmar os ânimos. Nada que lembrar que "eu encontrei-a quando não quis mais procurar o meu amor..." me faz sentir melhor.
Eu encontrei um amor, por isso não tenho medo de sangrar, não tenho medo de sofrer. É diferente, dessa vez é. Eu encontrei nesse amor uma chance de entender o que é realmente amar e quais são as verdadeiras vantagens que se leva quando se está amando.
Uma essência a parte, um diálogo perfeito, um pensamento simétrico contínuo e um sentimento que, mesmo sentido por ambos os lados, é único. Sua voz é calma, mas mesmo assim me deixa com o coração acelerado.
O sorriso. Ah... o sorriso!
Tão cativante como uma queda d'água em uma floresta florida. Dona do sorriso mais belo e sincero do mundo, transmitindo paz e felicidade à todos.
Seus olhos são pedras preciosas. Tão brilhantes como esmeralda, tão raros como diamantes azuis e tão serenos como uma noite estrelada. A sinceridade com que ela fala me desnorteia e sua presença me dá esperança de um mundo perfeito. Sua ausência me entristece.
É amor, não é paixão.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Puro....

"You see all the models in magazines and on the walls, you wanna be just like them. 'Cause they're so cool. They're just narcissists..."

Se existe alguém no mundo que não tenha um pouco de Narcísio em si, que se apresente agora mesmo!
Narcísio, dispenso explicações e definições, é sempre uma pequena esfera que existe em todo eu-interior. Narcisismo puro. Auto-afirmação. Alimentar um amor próprio que, em grande escala, vira doença, paranóia.
Claro que nem todos nós somos tão narcisistas ao ponto de deixar transparecer essa idéia para os outros. Existem coisas que fazemos que, para os outros é corriqueiramente normal, mas para nós é apenas um ingrediente para auto-afirmar, ganhar segurança.
Não entendeu? Tudo bem, eu exemplifico.
Após um longo dia de trabalho você reúne alguns amigos para conversar no bar. Todos trabalham, tem o seu dinheiro, a sua vida feita. São adultos e agem como tais. Após algumas cervejas, ou até mesmo antes, o assunto acaba que por chegando em trabalho. Eis que um de seus amigos solta uma frase do tipo "Caralho, eu trabalhei demais hoje. Meu trampo é puta fudido e eu demorei mais de TRÊS horas para finalizar o meu job.".
Narcisismo puro. Capaz de o cara nem ter realmente trabalhado no dia e só quis dizer aquilo para mostrar-se um cara responsável e que é um trabalhador. Os amigos tendem, então, a dizer a mesma coisa, que trabalharam demais e estavam cansados por esse motivo. Todos entram no jogo de Narcísio.
Outro exemplo? Ok, vamos lá.
Um tanto quanto fútil, mas é um exemplo bem elaborado. Meninas bonitas (não generalizando, mas entenda como um percentual delas). São donas de um narcisismo surreal, afinal elas sabem que são bonitas e elas SE ACHAM lindas. Logo, acham que podem ter quem elas quiserem e por esse motivo acabam caindo na armadilha. Algumas são taxadas de galinhas, outras de fáceis e outras ainda de metida.
Puro narcisismo.
Eu também sou narcisista. Ser narcisista é essência de cada um, é ter amor próprio, é fazer a auto-afirmação de que você é quem você mostra ser. Além de mim, você também é. E você aí, também.
Freud também associa o narcisismo com a psicologia/psiquiatria.
Para quem se interessou em saber mais sobre esse garotinho inocente que morreu por amar demais a si próprio, entre aí: http://www.infoescola.com/psicologia/narcisismo/ .
Para o resto, continuem narcisistas, alimente seu ego, mas não o deixe virar uma síndrome.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Quem sou eu?

Sou Araújo. Sou Amarante. Sou Lispector e de Moraes, talvez um pouco de Andrade.
Sou folha verdinha e banana amarela. Sou céu azul e sangue vermelho. Sou bandeira branca e buraco negro.
Sou mais barulho que silêncio. Sou mais música que tevê. Sou mais espera que ansiedade. Mais vida que morte.
Sou ilha deserta. Sou cidade grande. Sou mar extenso. Sou campo ralo.
Sou romance. Sou drama. Sou comédia e suspense. Sou teatro e cinema.
Sou livro aberto. Sou poesia pronta. Sou verso rico, estrofe ensaiada. Sou página em branco.
Sou sonho. Sou esperança. Sou dúvidas e incertezas. Sou medo e verdade. Sou mais emoção que razão. Sou mais amor que ódio.
Sou noite. Sou luz artificial. Sou bar, não balada. Sou doce, não salgado, nem azedo.
Sou Cidade da Garoa. Sou Avenida Paulista. Sou meus amigos. Sou minha vida.
Sou Klein. Sou Branco. Sou meu pai e minha mãe. Sou Thiago.
Sou mundo. Sou só. Sou seu. Sou meu.
Sou eu.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Mais que uma vontade...

Oito horas da manhã, o relógio apita duas vezes indicando que a hora foi trocada no viso do digital. Dou o sinal ao ônibus e entro, calmamente, ainda com sono e muita lentidão.
Alguns rostos de todo dia, alguns que talvez também sejam, mas minha memória curta não me faz lembrar todos. Um em especial eu me lembro, não pela fisionomia, nem pela beleza, nem por ser mulher, mas eu sempre acabo escolhendo alguém para analisar.
Tudo começou quando eu estava de pé, em frent a porta esperando para descer e ela estava alí, também na porta, quando um "vendedor ambulante" meio que mexeu com ela e eu achei graça. Não tinha visto nunca ela no ônibus, mas depois daquele dia eu passei a ver, sempre.
Ela nunca sorri e está sempre com uma amiga. Skinny jeans, allstar branco calçado e blusinhas justas e curtas, fazem parte de um estilo próprio criado por ela. O rosto branco e com algumas sardas dão um ar de ingênuidade que logo são inibidos pelos seus olhos, donos de um olhar forte e determinado.
Os cabelos são longos e em tom castanho escuros, com alguns feixes mais claros. Nunca os vi caído sobre os olhos, tampouco nos ombros, pois sempre estão presos à uma prisilha. Sua voz é desconhecida e por mais que ela esteja sempre a três ou quatro passos de mim, nunca a ouvi falar, pois está sempre com um fone nos ouvidos e não conversa com sua amiga, que por sinal descobri hoje que eram conhecidas por uma cena em que as duas participaram juntas.
Não sei seu nome, nem para onde ela vai, mas ela vai para algum lugar no caminho do ônibus. Ou não, as vezes ela pega outro. Não sei onde ela mora, nem qual o ponto próximo, mas não faço questão nenhuma de saber também.
Ela não namora, pelo menos não usa aliança, ou talvez não a use porque os dedos são finos demais, donos de uma fragilidade que são omitidas pela presunção de seus olhos. Ela me parece estar decidida de tudo e sempre sabe o que falar.
Cara de poucos amigos e de quem faz tudo para manter seu argumento vencendo.

Era mais que uma vontade de postar isso, era uma necessidade de falar o quanto somos tímidos e fechados no nosso mundo. Vemos as mesmas pessoas todas as manhãs, pessoas que a gente sabe que encontrará no caminho do trabalho, mas mal conhecemos e as vezes nem ouvimos sua voz ou não sabemos seu nome.
Estranho?

.... muito!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Tristeza

Se o medo e a alegria te dão prazer em viver, a tristeza te dá o desgosto.
Você não quer acordar, a cama te lembra o lugar mais aconchegante do mundo, até mais de quando se está com sono. A comida, por mais escassa que seja em seu prato, sempre parecerá farta o suficiente para três semanas e o céu estará, mesmo que ensolarado, cinzento e sem vida.
As piadas perdem o sentido, risadas são só escutas a distância e o sorriso fica encurralado em algum lugar dentro de você, perdido em um labirinto onde parece não haver saída. Felicidade é algo que você só escuta em músicas, quando você consegue ter ânimo para ouvir músicas que falam de felicidade, porque em mais de 90% das vezes que se está triste as músicas que contém a palavra felicidade parecem ter sumido de sua playlist.
Você anda na rua e todos parecem estar o triplo mais felizes do que o costume e onde há alegria, você não entra. Uma nuvem carregada percorre acima de você e toda vez que você fecha os olhos deseja que nunca mais os abra para enxergar tanta infelicidade.
Lágrimas são mais comuns do que deviam e, em sua grande maioria, são sem sentido. Lembranças de um passado feliz são deletadas de sua mente sem um pingo de piedade e você se pergunta o dia em que todo esse pesadelo acabará. Você acaba, em uma luta subconsciente, sonhando com momentos felizes, momentos esses não vividos com freqüência. E acorda decepecionado e pior quando nota ter sido apenas um sonho.
Mas mesmo assim você levanta e vai tomar viver sua vida. A casa é silenciosa e fria, sempre. E quando você sai na rua, a rua parece estar caída no mundo da depressão.













Ah! Graças ao bom Deus eu não estou triste!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Raiva

Enraivado, assim vivia ele.
Sempre acordava com o pé esquerdo, mau humor e raiva. Sentia aquele sentimento tão cru e vazio no peito, deixando marcas irreversíveis no coração. Sentia raiva do céu, seja ele limpo ou nublado. Raiva do sol, seja ele quente ou ameno.
Sua namorada o emputecia, essa era a palavra. Simplesmente pelo seu vestido curto ou pela forma carinhosa que ela o tratava na frente dos amigos, dando um ar de "menininho" diante dos amigos super machões.
Sua mãe o irritava, simplesmente porque ela o queria bem. Se preocupava com o filho e seus atos e só tentava ajudar. Em troca recebia respostas cortadas e grosserias inexplicáveis, sem sentido algum.
Seu chefe era o pior homem do mundo. Só porque ele o queria ensinar a ser um líder, mas ele estava com raiva demais para se preocupar em como saber ser um. Sentia ódio se era tratado com ignorância e desprezo se era tratado com ingenuidade ou serenidade.
Seus amigos eram sem graça, pois não faziam nada de interessante... para ele. Sempre eram os mesmos lugares, as mesmas pessoas e as mesmas conversas. As mesmas piadas e as mesmas risadas (falsas, na opinião dele), as mesmas discussões.
Seu vizinho era invejado. Sua grama era mais verde, sua casa era mais organizada. Sua vida era mais feliz. Ou ao menos parecia.
Uma sombra encobria sua cabeça, noite e dia. Suas entranhas eram remoídas, assim como seu sorriso, que não dava sinal de vida fazia uns bons oito ou nove anos. Sua raiva o fazia desejar o mal para todos.
Mas mal sabia que a raiva só faz mal para aqueles que a sentem...

domingo, 18 de janeiro de 2009

Um nada perante tanto sentimento...

Faltam sete minutos para as três da madrugada e estou afim de escrever. Não sei sobre o que, nem o porque, só sei que quero. Encontrei na escrita um desabafo intelectual, entende?
Pensei muito a respeito de tantas coisas que esse é um texto sobre o nada, onde meus dedos disparam sobre o teclado e não param mais. Não aguento mais pensar sobre coisas, histórias sem fim, romances intermináveis, ou com términos diferentes dos contos de fadas.
Por que nada nunca é 100%? Por que a perfeição é algo que não existe e não adianta almejarmos alcançá-la, pois isso nunca acontecerá!
Por que seres humanos tendem a ser complicados? E o pior, por que seres humanos se apaixonam? Por que não somos como os restantes dos animais? Por que temos a necessidade de ter uma companhia fiel ao nosso lado? Qual o motivo de termos um coração que alimenta um sentimento tão... nobre, puro e devassador chamado amor?
O que é perder um amor? Até onde o coração do ser humano aguenta a ausência de alguém e como ele pode suprir essa ausência com a presença de outro?
Qual o seu limite perante o amor? Até onde vai o seu amor? Até quando você ama? Quando você deixa de amar? E o mais importante: como você sabe que ama?
Porque é simples dizer: "Estou amando." Como sabe? "Meu coração bate rápido quando eu o vejo e não paro de pensar nele quando ele está longe."
Talvez você tenha razão. Ou não.
Complicações são esquisitas. Mundo irreal, um tiro no escuro. Ninguém bota a mão no fogo por alguém que não conhece e confiança não é um simples castelo de areia que você constrói em minutos. Confiança são castelos, fortalezas européias, que demoram anos para se concretizarem.
Sentimentos são esquisitos. Qual é a nossa, hein? Por que sentimos medo, tranquilidade, alegria, angústia, tristreza? Por que amamos? Por que odiamos?
São três horas e dois minutos e eu termino meu texto, um texto totalmente sem sentido, que faz todo sentido para mim.
Boa noite.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Angústia

Sabe aquela sensação de quando você sente que há algo de errado ou alguma coisa terrível está pra acontecer? Aquela sensação de seu coração estar apertado, mas você não estar amando. Sensação de querer gritar e chorar até esvaziar todo o vazio que tem dentro de você.
Sensação de querer saber o que está acontecendo, de poder querer falar que você ama, você quer, você cuida...
Sabe aqueles dias em que nada remete sentido ou significado, onde o tédio deixa o tempo três vezes mais devagar e nada nem ninguém parece conseguir te tirar desse marasmo?
Eis que você acende um cigarro, fuma em silêncio, só ouve as teclas do computador sendo pressionadas, ouve a música saindo da caixa de som, proporcionando um eco no seu interior e você parece estar falando sozinho. Pensamentos correm depressa demais e você não tem ritmo para seguir toda a linha de raciocínio e acaba misturando todos eles ou então tenta não pensar em nada para não se confundir mais.
Você vai até a cozinha e esquenta o almoço, ainda em silêncio. Responde seus pais somente com onomatopéias e não encontra nada útil na televisão enquanto está almoçando. Você volta pro seu quarto, acende mais um cigarro e quando ele está pra terminar você pensa que já está na hora de deixar a angústia de lado, esse sentimento que torce seu estômago e confunde sua mente.
Então você se levanta, toma um banho e sai... e tudo parece voltar ao normal.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Alegria

"Alegria é olhar pro teu sorriso e ter você sempre ao meu lado..."

Ahhhh, sorrir. É um dos "n" princípios de uma alegria estar nascendo dentro do peito. Um sentimento que desabrocha no peito alheio e te faz pensar que tudo é uma maravilha, perfeito o suficiente para você não enxergar nada de ruim que acontece no mundo ou sua vida.
Dificilmente esses momentos acontecem quando se está sozinho. Sozinho você geralmente fica pensativo, sonhador, longe... Com amigos a coisa muda e esse tão bom sentimento começa a fecundar-se com seu coração e o mesmo acelera e te proporciona momentos felizes naquele momento.
Ser alegre e ser feliz são, ao meu ver, coisas diferentes, mas não entrarei no assunto felicidade, porque pretendo fazer um post apenas para ele. Ser alegre é algo natural do ser humano, é você rir sem saber o porque, você estar com pessoas que gosta e sentir o ar sendo inalado com força a cada suspiro que dá. Ser alegre é rir durante horas de algo que, certamente você se esquecerá quando acabar de rir e sentirá sua barriga doendo e suas buchechas dormentes.
Aqui vai a dica: você não precisa ser alegre para estar feliz, ou vice-versa.
A alegria é um sentimento que te faz por pra fora todos os outros sentimentos reprimidos, porém na forma de risadas e sorrisos.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Saudade

Hoje eu quis lembrar da infância, do cheiro de amaciante que tanto gostava, do gosto da salada de alface que comia forçado antes de ir pra escola, do como era chato aguentar-vos na perua da Tia Iracema, que anos mais tarde descubriria que era uma obra naturalista de um certo "sinhôzinho" Literário.
Me lembro de Chumbinho, meu primeiro apelido na primeira "panela" que participei. Me lembro da festa em que chorei pela mesma panela e os odiei quase que para sempre. Lembro-me de ouvir o hino brasileiro todo final de tarde às sextas-feiras e o hino do acampa todas as manhãs por 20 dias no ano.
Lembro-me da festa de despedida de um grande amigo que não fui por estar num campeonato de cartas, campeonato esse que me fez ter o prazer de conhecer outros tantos grandes amigos que guardo até hoje no peito. Lembro-me de cantar "Ao Senhor Agradecemos, Aleluia" antes de cada refeição em Sorocaba, Arujá e Itapecirica da Serra e de chorar, aos meus 12 anos, quantidade de lágrimas superior a todas que chorei durante os 11 restantes.
Lembro-me de passar para a manhã e ser um anônimo, um ser isolado que teve a chance de escolher a dedo em qual panela entraria. Deixei de lado os meninos que se achavam os melhores e resolvi andar com os mais quietinhos, onde conheci dois grandes amigos, um melhor amigo e um irmão.
Ainda me lembro da primeira namorada, onde nos conhecemos, o primeiro beijo... e o último. Lembro-me da formatura do terceiro ano, das festas que freqüentei com pessoas mais jovens, porém mais experientes. Também me lembro do primeiro cigarro, do primeiro porre e do segundo também, da sensação de estar deixando de ser virgem e do coração apertado ao ter terminado um grande romance.
Fecho os olhos e ainda vejo os dias em que passei em outra cidade, em Minas Gerais, onde conheci muita gente bacana, amigos de um amigo meu, que me faz sentir saudades até hoje. Amigo este o que não fui na despedida pelo campeonato de cartas, o mesmo que senti ódio em minha infância. Isso prova que crianças realmente dizem coisas que não pensam, é normal.
Lembro-me da viagem do carnaval, onde passei grandes momentos com grandes pessoas e também do fim do ano, com as mesmas pessoas e no mesmo local. Lembro-me de quando eu entrei na faculdade, que me rasparam o cabelo, que fiquei feio.
Ainda consigo ouvir o barulho de Jorge Ben Jor e o gosto da tequila em meus lábios quando lembro da primeira balada que fui, pela faculdade.
Lembro-me da primeira vez que entrei em cena em um teatro de verdade, e da última também. Lembro do que senti, das pernas tremerem e do coração palpitar. Lembro das pessoas geniais que conheci pelo teatro. Algumas que nem são do elenco, mas hoje fazem parte da minha vida, outras ainda fazem parte da minha "família"!
Lembro de hoje, de ontem, do mês passado, do ano passado e da década passada. Lembranças que trazem saudade. Guardo para mim todos os momentos, tanto bons como ruins, o que vale a pena é sentir aquela nostalgia toda e ver que a saudade, se olharmos de perto, é um sentimento bom, porque nos mostra que há pessoas no mundo que, mesmo longe, valem a pena de se lembrar...

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Tranquilidade

Se o medo te faz sentir vivo, a tranquilidade te faz sentir o que É ter vida. Sentar em um banco de uma praça, com uma grama verde límpida, molhada do sereno da noite anterior. Você anda com os pés descalços e sente aquela gélida sensação subindo por suas canelas, enquanto a brisa sopra tranquilamente em seu rosto.
Você não sabe o que é, mas sente seu pulmão aberto e cada respiro que dá, é vida a mais entrando em você. Até que você sorri.Ter a tranquilidade de sentar em cima de um muro e observar a rua, com um sol quente em suas costas e você sem camisa, despreocupado com o mundo e as pessoas ao seu redor. É você e quem está com você, nada mais.
Ter a tranquilidade de andar descalço sobre o asfalto quente, a tranquilidade de sentir a chuva cair em seu ombro.
Ter a tranquilidade de saber que, mesmo com tudo acontecendo, você está vivo... e ainda quer e almeja viver cada segundo.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Medo

Volta e meia penso porque abandonei o blog, sempre tenho tanta idéias na mente, inclusive a continuidade da história de Marcos, mas não sei o porque eu parei. Talvez tenha sido o tempo, mas hoje eu resolvi tomar mão dos pensamentos e seguir em diante, fazendo deste humilde blog uma pequena éspecie de penseira (pra quem não sabe o que é, digitar no google e procurar explicações de penseira para Harry Potter).
Hoje vim para falar do medo. Nem sei se já havia falado dele, mas o medo é um sentimento um tanto quanto estimulativo. O medo é o único sentimento que nos faz ter o de viver, ou seja, sentir medo te dá a percepção do que é estar vivo.
Somos frágeis, simples partículas num universo gigantesco. Ninguém é mais forte, nem mais fraco, quando estamos diante de um medo, somos iguais, semelhantes, sangue do mesmo sangue. Não importa se é medo de escuro ou medo da morte, diante dele, ficamos inofensivos e o melhor: depois que 0 enfrentamos, nos sentimos mais vivos, mais fortes, capazes de continuar a viver cada segundo após o susto.
Esse fim de semana passei muitos medos, mas foram medos saudáveis, onde a cada suspiro após o medo, eu conseguia respirar cada vez mais ar e me sentir mais vivo...
E ao som de Los Hermanos, com uma bela frase, termino o post falando que se você tem medo, o enfrente, porque de resto:

"Deixa ser como será, tudo posto em seu lugar..."