segunda-feira, 28 de março de 2011

Ah, se já...

Muitas vezes acordei pensando em você. Separava minha roupa pensando se sua atenção seria atraída e, vez ou outra, trocava de camiseta . Já fumei mais de dois cigarroas à sua espera.
Uma, duas, talvez três horas se passaram e eu não soube como dizer oi. Já criei assunto, sim! E também ouvi sua música que já foi de outra, sem sequer lembrar dos olhos dela.
Lhe escrevi e apaguei. Alguns rascunhos talvez guardei, mas sem a pretensão de um dia enviar. Me acostumei com o sim, o não e o talvez. Até nomeei o bonequinho rosa do Jogo da Vida em sua homenagem.
Já cantei "sem você sou pá furada" em voz alta, sozinho na sala.
Já te idealizei milhares de vezes. E errei muito com isso, por sinal.
Já me maltratei no sonho mais utópico.
Na verdade mais verossímil.
Nas noites de insônias mais mal dormidas.
Mas hoje não. Vou dormir e você não me acompanha.
Já foi-se o tempo de eu não viver mais com você.
Ah, se já...

sexta-feira, 25 de março de 2011

Será que vai dar samba?

A batida do pé talvez nem acompanhasse a percussão, mas ela já não ligava e nem ouvia.
Entre o grito e o gole, um choro sem lágrima. Uma risada e o gracejo.
E foram olhares, sorrisos, acenos e elogios.
Ela quis um samba só pra ela, mas só encontrou um blues desafinado.
A baixinha do grande amor?
A marchinha do compositor.
E nas letras mal cantadas, a interpretação só gera dúvidas.
Enquanto a música não acaba, a gente vai levando.
Só não deixemos esse samba morrer.