domingo, 20 de novembro de 2011

Inspiração

Foram tantos toques apagados.
E tantos momentos só vividos.
Frases ditas e vomitadas.
Que eu nem sequer me dei conta de limpar.
Ou espremer para guardar no meu bloquinho de papel.
E até tento encontrar, flutuando, os motivos.
No seu sorriso tão sincero.
Ou no teu olhar mais profundo.
Mas parece que tudo que faço é permitir me libertar.
E me afundar nesse turbilhão que existe dentro de mim.
E de você, por que não?
Tento até entender o sabor dos teus doces beijos.
Também vejo a direção que as esmeraldas brilham.
Leio todas as palavras nas entrelinhas.
Enxergo tudo aquilo que você quer esconder.
Só que com os mesmos olhos que faço tudo isso, ainda me perco.
Em toda essa inspiração que você me traz.
E que ainda vou guardar.
Até amanhã.




quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Eduardo e Mônica

E sem precisar pensar muito, talvez me veio a maior inspiração.
Deixe que, por si só, encontre seu significado mais intímo.
No demais, é um pouco tudo isso.
Ou não.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Perdoar

Você não faz ideia como é ruim te ver ali.
Do outro lado da rua, sem ter como te chamar.
E não poder ir, porque tenho medo que você suma.
Quando eu olhar para os lados antes de atravessar.
Dói ver suas lágrimas escorrendo atrás dessa janela.
E logo ouço a inutilidade tocar a campainha.
Que vem me avisar que não poderei secá-las.
Além de serem todas por culpa minha.
Quantos espelhos você quebrará em meu nome?
Qual a cor dos meus olhos quando for se lembrar?
Dentre todos sabores, guarde os mais doces.
Será que um dia você vai perdoar?
Hoje você me sorriu.
Um sorrisou de meias verdades.
E nos sentamos no divã imaginário.
De uma praia mais longe ao norte.
Um papo que descongelou a falta de toque.
Enquanto o sol atrapalhava a nossa vista.
Mas custou pouco entender a hora de te levar à porta.
Pra me despedir com um "até a próxima visita".
E se você olhar pra trás enquanto se afasta.
Vai me ver encostado a te observar.
Com olhares ternos e carinhosos.
Suplicando pra um dia você me perdoar.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Erupção

Não é um estado letárgico que se envolve e desenvolve a cena.
Muito menos a concretização da mocinha pedindo ajuda na janela.
Não é dúvida, tampouco uma certeza.
É apenas algo que segue sempre em frente. Em sentido único.
Que pode resultar numa curva ao final.
Ou ainda seguir em linha reta.
Brilha feito esmeraldas raras, escondidas sobre terras e montanhas.
Feito estrelas que lá do alto sussuram um berro de energias.
O Sol esquentando a Terra com abraços ternos.
Mas também são sombras que desconfiam os olhos.
Faz de inventar falsas mentiras, mas também raras verdades.
É um sorriso explosivo e um vulcão de inspirações em constante erupção.