sexta-feira, 20 de agosto de 2010

É

As vezes é tão estranho parar para pensar nas coisas. Ficar atirando as pedrinhas no lago só pra ver as ondas se formando, do menor para o maior, dando total alusão para os pensamentos que me ocorrem de vez em quando. Eles começam tão pequenos, vão aumentando e acabam se perdendo na imensidão azul.
Se eu pudesse escrever uma carta para dizer o que sinto quando eu olho pros seus olhos, eu estaria tentando terminar até, pois neles eu me perco. Não é paixão, não é amor, é apenas... vontade. Vontade de ter sem o desejo de possuir, de dar um abraço sem ter que saber mais nada sobre sua vida. Não é paixão, não é amor, mas eu juro que também não sei o que é isso.
Alguns especialistas no tema mais sem sentido do mundo diriam que isso é platonismo. Que seja, pois é assim que eu enxergo tudo que passo nesse contexto. É tudo mentira, essa vontade de viver dessa maneira. É tudo obra, ficção.
Mas é impressionante como eu volto a falar dos teus olhos. Eu não posso com eles! São dois pêndulos hipnotizantes, que parecem desviar minha atenção. Ao vê-los fechar e seu sorriso abrir, eu me atento.
E é sério, eu não sei o que é isso, mas posso te escrever três certezas.
A primeira é de que você me faz bem.
A segunda é que eu lhe tenho a vontade.
A terceira é que eu dei o chute errado.

E que venha mais uma noite de insônia.

Um comentário:

Anônimo disse...

palavras, quando bem utilizadas causam um tremendo alvoroço aqui dentro.
Aqui, agora mesmo, está um tornado de ideias, de vontades. Você sabe utilizá-las bem, como marionetes.