terça-feira, 27 de março de 2012

Quero que você receba esta mensagem com o coração aberto, pois nunca quis magoar você.
Desde sempre e desde nunca estivemos juntos. Apoiando altos e baixos juntos.
Eu escrevia, você delirava.
Eu descrevia, você inventava.
E por assim se foi nossa história aos longos dos tempos.
Houve até alguns que não nos vimos muito e eu deixei de contar grandes fatos.
Outras vezes me faltaram batidas apaixonadas sobre qualquer sorriso visto por aí.
Ouso até dizer que na maioria das vezes lhe usei como um grande saco de fardos.
Que sempre que necessário despejava sentimentos diversos.
Mas não é esse meu pedido de desculpas por ter sumido.
Parti para viver dos meus contos.
Torná-los cenas, não meras palavras.
Aprimorar meus sentimentos.
E se hoje, aqui mesmo, eu não expiro mais meus sentimentos mais íntimos,
É porque, com certeza, encontrei inspiração maior aqui fora.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

3 palavras

Não existe nada mais incrível do que enxergar 5 palavras na nota de rodapé do seu sorriso.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Não quero mais

Não precisei nem acordar para saber que não queria mais.
Você estava lá, sentada no nada, flutuando sobre o vasto descampado.
Me deu a mão e me puxou. Voamos.
E, então, não quis mais.
Ao abrir meus olhos recebi um bom dia dos seus.
Sorridentes e carinhosos.
Me encaravam com vivacidade, como se eu estivesse acordando de um coma profundo.
Mas era só ontem quando nos deitamos sob a illuminação perfeita e planejamos o hoje.
Nossa história tão escrita e adivinhada.
Escorrida da cabeça aos pés.
Como a água do banho que nos aprontou para mais um dia.
E a cada gota que pingava de nossos cabelos, um novo sonho.
Não quero mais. Tudo é tão bom.
As nossas conversas em silêncio durante o café da manhã.
Discussões efêmeras sobre a carne do almoço.
Um cigarro e muitas risadas divididos na mesa do bar.
E fica ainda melhor quando nossas mãos se encontram.
E caminhamos lado a lado por toda essa pedaço de terra que um dia vai nos pertencer.
Tudo é tão bom, mas eu quero mais.
Só não quero mais ter que me deitar sem ter você me acordando amanhã.

domingo, 20 de novembro de 2011

Inspiração

Foram tantos toques apagados.
E tantos momentos só vividos.
Frases ditas e vomitadas.
Que eu nem sequer me dei conta de limpar.
Ou espremer para guardar no meu bloquinho de papel.
E até tento encontrar, flutuando, os motivos.
No seu sorriso tão sincero.
Ou no teu olhar mais profundo.
Mas parece que tudo que faço é permitir me libertar.
E me afundar nesse turbilhão que existe dentro de mim.
E de você, por que não?
Tento até entender o sabor dos teus doces beijos.
Também vejo a direção que as esmeraldas brilham.
Leio todas as palavras nas entrelinhas.
Enxergo tudo aquilo que você quer esconder.
Só que com os mesmos olhos que faço tudo isso, ainda me perco.
Em toda essa inspiração que você me traz.
E que ainda vou guardar.
Até amanhã.




quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Eduardo e Mônica

E sem precisar pensar muito, talvez me veio a maior inspiração.
Deixe que, por si só, encontre seu significado mais intímo.
No demais, é um pouco tudo isso.
Ou não.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Perdoar

Você não faz ideia como é ruim te ver ali.
Do outro lado da rua, sem ter como te chamar.
E não poder ir, porque tenho medo que você suma.
Quando eu olhar para os lados antes de atravessar.
Dói ver suas lágrimas escorrendo atrás dessa janela.
E logo ouço a inutilidade tocar a campainha.
Que vem me avisar que não poderei secá-las.
Além de serem todas por culpa minha.
Quantos espelhos você quebrará em meu nome?
Qual a cor dos meus olhos quando for se lembrar?
Dentre todos sabores, guarde os mais doces.
Será que um dia você vai perdoar?
Hoje você me sorriu.
Um sorrisou de meias verdades.
E nos sentamos no divã imaginário.
De uma praia mais longe ao norte.
Um papo que descongelou a falta de toque.
Enquanto o sol atrapalhava a nossa vista.
Mas custou pouco entender a hora de te levar à porta.
Pra me despedir com um "até a próxima visita".
E se você olhar pra trás enquanto se afasta.
Vai me ver encostado a te observar.
Com olhares ternos e carinhosos.
Suplicando pra um dia você me perdoar.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Erupção

Não é um estado letárgico que se envolve e desenvolve a cena.
Muito menos a concretização da mocinha pedindo ajuda na janela.
Não é dúvida, tampouco uma certeza.
É apenas algo que segue sempre em frente. Em sentido único.
Que pode resultar numa curva ao final.
Ou ainda seguir em linha reta.
Brilha feito esmeraldas raras, escondidas sobre terras e montanhas.
Feito estrelas que lá do alto sussuram um berro de energias.
O Sol esquentando a Terra com abraços ternos.
Mas também são sombras que desconfiam os olhos.
Faz de inventar falsas mentiras, mas também raras verdades.
É um sorriso explosivo e um vulcão de inspirações em constante erupção.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Remédio

É como ferir a cara com a palma aberta.
Desligar o cérebro da tomada e ligá-lo a uma bateria.
Duas pilhas alcalinas. 100% carregadas.
É como correr tão rápido por cima do mar e sentir que a qualquer momento você pode afundar.
Voar entre as nuvens por acaso e não ter a certeza de que uma hora não vai cair.
Vendar os olhos e atravessar o penhasco.
Ter medo é se sentir vivo.
E desabá-los sobre alguém é como arrancar seus segredos mais íntimos e dividí-los.
Colocando a sua confiança em cima da mesa.
Desafiando com fervor.
O que nos resta?
Se apoiar com palavras.
E enquanto ele, o medo, vai andando pelo seu corpo como um parasita,
Eu vou lhe tratando desse mal.
E dá-lhe sorrisos e olhares.
Beijos e abraços.
Dá-lhe amor, carinho e sentimento verdadeiro.
Pra curar seu coração.
Ainda bem que a gente junto é o melhor remédio.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Flor

Não faz um tanto que colhi uma flor num quintal desconhecido.
Ela é rosa, azul, amarela e verde. Branca, mas nada cinza.
Um arco-íris mantendo seu pote de ouro e muito perfume.
E que perfume!
Que te faz fechar os olhos e percorrer uma longa viagem de trem.
Bonita e nada breve.
Uma flor que levo no bolso e na mão. Nos braços e no peito.
Entre as pernas e atrás da orelha.
Levo a tranquilidade das suas pétalas e seu aroma me eleva.
Atinjo o céu.
E ela não se encolhe com o passar do tempo.
Ela se abre e se constrói no meu jardim.
Uma flor que se alimenta de carícias e elogios.
Que sorri ao sol e agradece à chuva.
Uma flor que fala.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Meu vício

Eu queria ser poeta e sem vergonha.
Para transformar o meu amor em poesia.
E não ter medo da sua reijeição.
Queria ser pedra em suas águas.
E poder quicar três vezes sobre sua superfície.
Antes de me perder no fundo dos seus olhos.
Seria brega e rei.
Só para te nomear princesa e não me envergonhar.
Quero ser vento e chuva.
E tocar seu rosto com suavidade. Arrepiar sua nuca.
Molhar seus lábios secos com a calmaria de uma garoa.
Eu queria ser uma estrela de rock internacional.
E fazer do seu sorriso a minha inspiração.
O seu abraço a minha droga.
E você o meu vício.