segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Perdoar

Você não faz ideia como é ruim te ver ali.
Do outro lado da rua, sem ter como te chamar.
E não poder ir, porque tenho medo que você suma.
Quando eu olhar para os lados antes de atravessar.
Dói ver suas lágrimas escorrendo atrás dessa janela.
E logo ouço a inutilidade tocar a campainha.
Que vem me avisar que não poderei secá-las.
Além de serem todas por culpa minha.
Quantos espelhos você quebrará em meu nome?
Qual a cor dos meus olhos quando for se lembrar?
Dentre todos sabores, guarde os mais doces.
Será que um dia você vai perdoar?
Hoje você me sorriu.
Um sorrisou de meias verdades.
E nos sentamos no divã imaginário.
De uma praia mais longe ao norte.
Um papo que descongelou a falta de toque.
Enquanto o sol atrapalhava a nossa vista.
Mas custou pouco entender a hora de te levar à porta.
Pra me despedir com um "até a próxima visita".
E se você olhar pra trás enquanto se afasta.
Vai me ver encostado a te observar.
Com olhares ternos e carinhosos.
Suplicando pra um dia você me perdoar.

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