sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Parte VIII e VII.2 (nessa ordem)

"Marcos ficou doente, estava mal e a culpa era do cigarro, é claro. Perguntaram-no se tinha ficado com medo, se tinha decidido parar após o susto. A resposta foi mais do que imediata. Não precisou de um dia para voltar a fumar. Estava de saco cheio da vida, com muitos problemas e nada o acalmava.
Acordou na manhã de sexta, uma manhã fria e chuvosa, que o fez pensar exatamente o mesmo quando foi dormir: estava na hora de se declarar para Stela. Estava decidido e iria fazer isso assim que a visse, e ela não o rejeitasse.
Esse pensamento o veio na cabeça há um bom tempo atrás. Stela tinha comparecido no seu show, abraçou-o, sorriu aquele sorriso momentâneo, mas que, para Marcos, era eterno. Estava com Anita, mas a beleza de Stela radiou por todo o local, ela fora um espetáculo a parte.
Marcos há muito tempo não conversava, trocava palavras ou via sua ex-namorada, Camila. Marcos não negava que ainda gostava muito dela, que se sentia bem ao falar com ela, mas após uma infantilidade da parte de Camila, onde ela disse que não o queria mais por perto, que a vida deles não poderiam andar mais lado a lado, Marcos percebeu o quanto Stela era importante.
Ele queria agradecer Stela por o ter feito esquecer sua ex, por ter feito acreditar novamente no amor, por mudá-lo, o ter feito crescer a amadurecer.
Era isso que ele queria. Era isso que ele iria fazer..."

domingo, 21 de setembro de 2008

Parte VII

"Stela jamais deveria ter ido naquele Sábado. E ainda o chamou de fofo e o fez sorrir.
Stela não deveria ter ido..."

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Parte VI

"Marcos se sentia patético, e com razão. Antes fosse patético pelo simples fato de ser apaixonado por alguém que mal conhecia, que trocava palavras picadas durante a semana e que, o pior de tudo, namorava e mal dava bola para ele. Mas não, Marcos não se sentia patético por isso.
Se sentia também sozinho, sem alguém para abraçar, alguém para dar a mão, alguém que o fizesse sentir vontade de acordar no frio e viver. Depressivo? Não, patético.
Conheceu Débora, uma colega de trabalho de Stela, que era muito simpática e atraente, o que chamou a atenção de Marcos. Conversaram pouco, mas deram boas risadas e Marcos se sentira bem ao lado dela, fazendo-o sentir vontade de talvez tê-la, ou não. Ele não sabia mais, ele não sentia algo por ninguém fazia tanto tempo que mal sabia o que era isso que estava sentindo.
Atração. Dizia ele. Stela não havia sumido de sua cabeça, mas se sentia mal por ter vontade de beijar outras. Desceu para as escadarias e acendeu um cigarro. Estava louco! Ou começando a ficar...
- E ai menino... - A voz que vinha de trás de Marcos já era muito bem conhecida. Stela chegou com aquele sorriso angelical, o deixando desnorteado. Assim como no sonho, Stela chegou por trás dele. Estranho...
Trocaram algumas palavras, mas Marcos já sentia que a menina não queria nada com ele, algo que ele já sabia e não estava querendo assumir. Mas agora ele estava começando a assumir e, por mais que seu coração ainda batesse muito forte ao ver Stela, já conseguia controlar seus sentimentos com sua mente.
Como todos os dias, a conversa durou menos de dois minutos e Marcos levantou-se e partiu. Colocou seu fone, respirou fundo e sorriu. Estava mudando."

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Pausa na história...

Dê sempre um passo à frente, mas nunca deixe de olhar para trás. Pessoas que tendem a olhar somente o que está na sua frente acabam deixando de viver, só almejando o futuro. Pior são aquelas que olham por cima e acabam tropecendo nos pequenos erros, despercebidos por tais.
Não negue suas origens, não desrespeite sua família. São eles o ponto de partida, o marco zero da sua estrada, sua vida. Antes de fazer um comentário, antes de sentir qualquer coisa, olhe para trás.
Não deixe o preconceito falar mais alto, olhe para trás. Veja o quanto a história nos conta sobre o racismo, o xenofobismo, o homofobismo, o nazismo, facismo, entre outros tipos de pré julgamento, onde o final foi sempre o mesmo: massacre de ambos os lados. Esse sentimento tem que ser bem observado, e tente olhar para trás antes de ter algum preconceito, afinal de contas você pode sofrer com algum desses lá na frente.
Não seja tolo e infantil, olhe para trás. Se você errou, assuma seus erros. Se erraram com você, não sinta ódio e rancor. Tome como lição todos os erros que você cometeu, e tome como aprendizado aqueles que fizeram com você, para que você possa não cometer os mesmos com outras pessoas. Agradeça todos os seus romances, existentes ou platônicos, pois esses te fortalecem e te fazem adquirir experiências necessárias para crescer.
Não esqueça dos velhos amigos, olhe sempre para trás. Aqueles que sempre te ajudaram quando você precisava e estavam do seu lado nos bons e mals momentos, mostram a capacidade do ser humano de ter compaixão com o próximo. Não deixe que um pequeno deslize ou uma pequena distância faça essa amizade acabar. Por isso, olhe sempre para trás.

Continue sua vida, ande sempre para frente e não viva do passado, mas nunca deixe de olhar para trás...

Parte V

"O frio invadia o cérebro de Marcos a cada respiro dado, inalando um ar gelado que fazia sua cabeça doer. Aquela era uma tarde depressiva, onde a chuva caía fina em seu rosto congelante, enquanto andava pela avenida, indo para o seu trabalho. Com passos lentos, fumava seu cigarro pensando no dia. Era segunda-feira, dia de encontrar Stela, se assim fosse possível, já que ela quase nunca estava lá quando ele chegava.
Se arrumou e se produziu melhor do que os outros dias, algo lhe dizia que hoje ela o veria. E tinha razão.
Subindo as escadas do segundo andar, passando pela biblioteca, avistou Anita, um rapaz e Stela, conversando. Respirou fundo e acenou para Anita (Stela estava de costas para ele) e passou reto por eles. Suspirou e voltou. Cumprimentou Anita e o menino, depois deu um beijo mais carinhoso em Stela, que retribuiu com um sorriso. Aquilo valeu mais que qualquer outra coisa. Marcos estava apaixonado, e ele odiava isso. Se sentia péssimo, com uma âncora em seu coração e que cada vez que via sua menina, essa âncora o levava mais para o fundo do poço.
Após um tempo, avistou Anita sentada sozinha e resolveu lhe fazer companhia. Sentou-se ao lado da amiga e permaneceu em silêncio, mas mesmo assim conseguindo transmitir o que sentia naquele exato momento. Stela voltou.
- Já vai embora? - perguntou Anita.
- Sim. - Stela veio dar um beijo nos dois e, ao olhar para Marcos, perguntou. - Óun, meu pequeno. Tá triste? Não fique, irei nesse fim de semana te prestigiar no seu show.
Marcos apenas sorriu. A âncora o afundou cada vez mais."

domingo, 14 de setembro de 2008

Parte IV.3

"Marcos acordou naquele domingo descansado. Sentia-se bem, não pensava tanto em Stela, exatamente como queria. No dia anterior, ao pisar no aeroporto, ficou com o coração acelerado. Iria ele encontrar Stela? Alí, no meio de tanta gente...
Não.
Levantou-se da cama e foi tomar um banho, se arrumou e foi ao shopping com um de seus irmãos, Diego. Comprou umas calças, camiseta e foi embora. Se preparava agora para ir jogar seu futebol de fim de semana, com amigos.
E assim foi o seu domingo..."


Muita gente anda perguntando se a história é verídica. Não, não é. Obrigado à quem comenta e quem lê também.
Bom restinho de domingo.... sem muitas peripécias de Marcs por hoje...

sábado, 13 de setembro de 2008

Parte IV.2

"Marcos foi deitar se sentindo com raiva. Acordou se sentindo com remorso. Era um idiota, e sabia disso. As duas pouquíssimas horas de sono o deixaram complexado, pensativo e numa vontade de sumir. Queria liberdade, mas não queria estar só.
Desceu o elevador do prédio do amigo, sozinho, e foi pegar um ônibus. O vento gélido batia em seu rosto, enquanto, em jejum, acendia um cigarro. Colocou o fone no ouvido e decidiu ouvir algo agitado, NOFX, e sentou no ponto esperando seu ônibus. Estava sentindo uma mistura de sentimentos que não conseguia explicar exatamente o que era, sentia ódio de amar, ou vice-versa.
Na noite passada, não se lembra o que aconteceu. Prefere não lembrar, fingir que nada do que viu realmente existiu. Estava com medo e sem entender coisas. Odiava guardar segredos, mas esse ele levaria para o túmulo. A cada tragada, um surto.
Pensou, como sempre, e não chegou à conclusão alguma. Levantou-se e deu o sinal. Entrou no ônibus e a última coisa que pensou, antes de partir, foi: 'você é um idiota, Marcos.' E seguiu viagem."

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Parte IV

"Marcos estava bem. Passava uma sexta-feira tranqüila e feliz e a noite ainda lhe preparia algumas surpresas, da quais nem este humilde trovador saberá o que acontecerá. (Parte V contará mais).
Anahí, uma amiga de Marcos, foi à casa dele. Passou o dia lá, com ele, conversando e o deixando mais alegre, fazendo-o esquecer da vida universitária. Com uma voz meiga e gentil, foi lhe falando sobre coisas variadas, quando parava por algum segundo de cantar Entra en mi vida do Sin Bandera. Marcos gostava dela, e muito.
Anahí era uma menina difícil de se lidar. No começo da amizade, se é que poderia chamar aquilo de amizade, ela era uma pessoa fria, sem sentimentos, que nem gostava de dar um simples abraço no menino, tão carinhoso como ele era.
Naquela noite, aconteceu algo muito estranho, por vários motivos seguidos. Anahí o abraçou diversas vezes, com um pequeno detalhe, porém importante, Marcos não pediu abraço uma vez sequer. Enquanto Marcos estava sentado no computador, combinando o que iriam fazer naquela noite, Anahí sentou na mesma cadeira e o abraçou, por trás, apoiando seu queixo em seu ombro, dando uma mordidinha em seu ombro.
Fatos bestas e simples, mas que vindos daquela menina , era surpreendente, o que deixou o menino feliz.
Partiram de casa, com um único guarda-chuva, momento romântico, mas de que nada significava para Marcos, muito menos para Anahí, afinal ambos sabíam que Stela era a única com quem ele se importava, no momento.
Marcos estava bem, passava uma sexta-feira tranqüila e feliz. E tudo graças à Anahí."

Parte III.2

"Marcos estava sentado nas escadarias da faculdade, olhando os carros passar velozmente num trânsito livre, durante a madrugada. Tossia muito, mas entre uma tosse e outra, arranjava tempo para as baforadas em seu cigarro, não deixando de reclamar daquela porcaria, pensando quando iria parar de ser escravo do tabaco.
Estava sozinho, ouvindo Cássia Eller - Por Enquanto, pensativo como sempre, olhando agora as estrelas. Já tinha parado de fumar.
- O moço bonito está sozinho? - Em uma sintonia perfeita com o término da música, Stela chegou por trás de Marcos, fazendo-o tirar os dois fones do ouvido e a olhar com um brilho nos olhos e um sorriso estampado no rosto, como nunca executados antes.
A menina se sentou ao lado de Marcos e apoio sua cabeça em seu ombro, com uma ternura jamais vista antes por parte dela para com ele. Contou-lhe sobre seu dia, como foi cansativo, sobre seu treino de vôlei, sobre suas aulas de Redação II e sobre a noite e como as estrelas estavam lindas.
- Você é tão linda, sabia? - Foi tudo que Marcos pode falar, quando Stela parou por um instante de falar. O silêncio veio à tona, podendo-se ouvir o vento soprando forte entre eles. A avenida estava vazia, as escadarias estavam desertas, fato nunca ocorrido até então.
Stela olhou-o nos olhos, encarando-o de forma meiga. Marcos fitou-a em um carinho imenso, percorrendo o olhar dos cabelos aos lábios da menina. Foi quando o momento mágico chegou. Stela inclinou sua cabeça para frente, encostando seus lábios nos de Marcos, que fechou os olhos e curtiu cada segundo daquele beijo, que pareceu durar uma eternidade. Seus dedos percorriam os cabelos de Stela, acariciando seu rosto com a outra mão, com uma ingenuidade sem explicações. O beijo cessou e Marcos, de olhos ainda fechados, abriu um sorriso.












Marcos abriu os olhos lentamente. O despertador tocava, serenimente, na escrivaninha. Estava em seu quarto escuro, deitado em sua cama quente. Suspirou, foi um sonho."

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Parte III

"Marcos sabia que um dia iria acontecer, mas não sabia que seria tão assim, cedo. Ainda estava mal. Acordara na quarta-feira decidido: não pensaria mais em Stela, pois não era amor aquilo. Deveras não era, mas aquela paixãozinha platônica e aquele friozinho na barriga não significava apenas um sentimento de amizade, afinal, ali nunca houve nada, sequer amizade.
Decidido, como nunca, Marcos foi ao trabalho e, como prometido, não pensou em Stela. Foi almoçar, e não pensou em Stela. Foi fumar, e não pensou em Stela. Nada, nadinha em seu mundinho era Stela, nem lembrava que um dia a tinha conhecido, tudo pelo simples fato dele ter achado que ela estava com medo dele, pois ele havia andado depressa demais.
Chegado o momento de ir para a universidade e, como antes, Stela não havia brotado em pensamento algum de Marcos, o que era uma luta difícil e as vezes deixava-o nocauteado, mas ele sabia que era para um bem maior.
Heis que quando bota os pés na faculdade, próximo à biblioteca, estava ela. Stela, radiante, com um sorriso no rosto, e mesmo com um jeitão largado que estava, com a aparência cansada e para baixo, ainda iluminava as proximidades com sua alegria, seu sorriso aberto e sua serenidade e beleza.
- Oi. - disse Stela. Neste instante, Marcos tremeu e soltou um muxoxo no lugar de um oi. Ela estava alí, ao mesmo tempo seu sonho e pesadelo, seu motivo de risadas e choros, alegrias e tristezas. Na frente dele, seu motivo de ódio e amor. Para ele, mais motivo de amor do que de ódio.
Ganhando um beijo estelado e bem significante, Marcos cumprimentou-a com um abraço apertado e um sorriso no rosto. A esperança de que o amor ainda existia, a paixão platônica, a paixãozinha do colegial estava acesa.
Alí, próximo à quadra, conversaram. Sobre a camiseta de Marcos, sobre o treino de Stela, sobre as apresentações musicais de Marcos, sobre o emprego dela. A menina ainda o prometeu ver em uma de suas apresentações.
Trocaram abraços e cada um foi para seu canto, fazer suas tarefas, e foram se encontrar novamente na saída da universidade. Marcos fora falar com um amigo e quando viu mais adiante, Anita estava com Stela, conversavam. Ele mandou um beijo para Anita e acenou para Stela.
Ali ficou, olhando sua menina indo embora, sem um olhar para trás, sem nenhuma mensagem ou sinal. Marcos decidiu ir embora, estava mal, e agora sim era pela falta que Stela o fazia..."

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Parte II...

"Marcos estava mal, mas não mal pela falta que Stela fazia, afinal ele nunca a teve para sentir-lhe a falta. Marcos estava doente e com muito medo.
Os dois dias se passaram numa sintonia monótona, onde Marcos sentia-se um robô, respeitando as ordens de seus atos, como programações feitas por alguém que o comandava. Ainda não havia encontrado-se com Stela, e para piorar a situação Anita faltou na aula, o deixando sozinho.
A sorte de Marcos era a Peixe, uma amiga confidente de Marcos, a quem ele confiava muito, seu nome na verdade era Pamela, mas ele a chamava de Peixe. Marcos havia lhe contado sobre Stela, sobre o seu amor platônico por ela, e contou que iria encontrar com ela no churrasco de Anita.
Nesta noite, Marcos estava sentado nas escadarias, fumando seu cigarro, pensativo, quando Peixe chegou, disponibilizando alguns minutos de alegria para Marcos, pois falar de Stela o deixava alegre, mesmo dando as péssimas notícias que iria dar. Fazia três dias que Stela não o dava notícias. Não respondia suas mensagens e ia embora cedo, estava o evitando. Marcos sabia que deixara as coisas transparecerem muito depressa, de uma maneira que ele não gostaria que fosse... Ele só desejava voltar no tempo para poder recomeçar, de uma maneira mais serena, do jeito que sempre foi.
Ele se sentia um idiota, mas ao mesmo tempo uma pessoa bondosa, cheia de carinho. Seus pensamentos eram transitórios, do bom para o ruim, do alegre para o triste, do feliz ao depressivo. Não sabia mais o que eram sentimentos. Ele sentia, e só.
Tentou a última vez entrar em contato com Stela, perguntando-a como estava, desejando-lhe boa noite. Tolo. Respostas só recebera de Anita, que fez uma falta enorme para Marcos e seu coraçãozinho estranho e melancólico.
Pois é, Marcos estava mal... Mas não mal pela falta que Stela o fazia."

Parte II completada. Mais peripécias de Marcos e sua vida inútil, em breve.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Parte I...

"Marcos não gostava de ninguém. Stela gostava de Antônio, que reciprocamente gostava de Stela.
Todos estudavam juntos. Marcos jamais conheceu Stela ou Antônio.
Após uma grande rave, que durou 4 dias seguidos onde muitos estudantes foram, menos Marcos, seus colegas foram em uma lanchonete comer e conversar sobre a rave. Ao sair, Marcos avistou uma menina, morena de olhos escuros, da pele meio escura, com um rapaz alto e forte. Eram Stela e Antônio.
Marcos ficou hipnotizado com a beleza pura e sincera de Stela e pediu para sua amiga, Vanessa, descobrir o nome dela. A coincidência maior era que Vanessa e Stela eram companheiras do time de vôlei, o que facilitou a descoberta do nome.
A paixão platônica de Marcos havia se acendido, como uma pequena chama, tímida, de uma vela. Meses se passaram e a paixão foi sucumbindo, e ele foi se esquecendo de sua musa inspiradora para tantos pensamentos sobre quanto o amor é real e belo. Foram dois meses depois que Marcos descobriu outra coincidência. Anita, uma grande amiga, praticamente irmã de Marcos, era muito amiga de Stela e ele resolveu encontrá-la com mais freqüência na universidade. A paixão platônica voltou, só que dessa vez maior e mais forte.

Certo dia Anita contou para Stela sobre os sentimentos de Marcos. Stela achou o menino fofo e manifestou um pequeno gesto de interesse que deixou Marcos com uma ponta de esperança. Dias mais tarde, Marcos, ao chegar na universidade, encontra-se com Stela e Anita conversando, próximo à biblioteca.
Stela confessa ter sentido um frio na barriga ao ver Marcos que, por sua vez, descobriu que ela e Antônio não estavam mais juntos. Era a hora de agir, mas com cautela, pois ele era tímido demais e não queria estragar tudo.
Anita convidou os amigos para um churrasco em seu sítio, no sábado próximo. Marcos e Stela estavam na lista de convidados.
Na sexta-feira, Marcos encontrou com Stela três vezes pela faculdade e na terceira vez brincou com ela, dizendo que ela estava o perseguindo. Ela, entrando na brincadeira, disse que ele havia a descoberto. E foi ali, entre o corredor dos laboratórios e o corredor dos banheiros que Stela e Marcos tiveram sua primeira conversa.
Falaram sobre o vôlei de Stela, sobre as apresentações de música de Marcos, sobre a festa de Anita, da qual Stela disse que iria, assim como Marcos, que sentiu mais ainda a ponta de esperança crescendo dentro de seu coração, quando a acompanhou até a biblioteca para ela alugar alguns livros que precisava.
Heis que chegou o grande dia, sábado. Marcos estava com o coração acelerado, havia prometido para si mesmo que não iria assustá-la com seu jeito bobo de ser e decidiu ir mais tarde. Chegando na festa, Stela não estava lá. Ficou perplexo e sem muita sintonia com os outros, quando decidiu beber e ir até uma roda de violão mostrar seus dotes musicais.
Minutos depois algo o chamou atenção na porta de entrada. Era Stela, radiante, com uma blusa rosa e uma calça jeans. Tão comum, mas ao mesmo tempo tão bela.
Não conversaram durante muito tempo, não tinham o que falar e os amigos de Stela estavam em grande maioria na festa. Marcos pegou o violão e entrou na casa e ficou tocando, quando Stela chegou e se sentou perto dele, pedindo para tocar uma música da qual ela cantou.
Marcos jamais se esquecerá do momento em que a voz de Stela invadiu seus ouvidos, fazendo os seus tímpanos gozarem de uma sensação incrível. Ele estava apaixonado.
*
A festa ia acabando e o povo foi indo embora, ou dormindo. Stela dormiu numa cama, sem nenhum cobertor, Marcos no chão, ao lado dela. No meio da noite, Marcos acordou e viu Stela encolhida, com frio, e decidiu ir até o quarto de Anita pegar um cobertor e, numa cena tão ingênua e romântica, a cobriu com cautela e com os olhos de um homem preocupado.
O dia nasceu e Marcos foi-se embora numa viagem de volta para São Paulo totalmente voltada para o interior, onde havia tido aqueles momentos lindos ao lado de Stela.
*
Na segunda, Marcos acordou e foi trabalhar. No caminho, Stela o mandou um torpedo, o que o deixou extremamente feliz e foi diretamente contar para Anita. Foi quando tudo pareceu um copo transbordando. Anita o contou a verdade:
- Marcos, não se iluda. Stela gostou MUITO de você, mesmo! Mas ela voltou com Antônio e ela te quer como amigo, não pare de falar com ela...

Marcos decidiu não parar... Mas até agora não encontrou com Stela novamente, e nem sabe qual será sua reação após... Está arrasado? Está desapontado? Está com esperanças? Só ele e o tempo poderão dizer...."

Essa é a parte 1 de uma história que estou criando. Parte 2 vem em breve, espero.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Linha do tempo...

Ah.... o tempo passa rápido, não? Em 1989, dezenove anos atrás, fatos bons e ruins ocorreram no mundo, como em todos os dias, meses e anos.
Ano em que o mundo dava um "basta" para a guerra fria, um basta na divisão e guerra entre o mundo capitalista e socialista (na teoria, por que na prática...), com a queda do Muro de Berlim. No mesmo ano começaram revoluções estudantis na China, onde um estudante anônimo ficou parado em frente de um tanque de guerra, até ser retirado aos puxões de soldados, e que resultou um massacre na praça de Tian'anmen (Praça da Paz Celestial), em Pequim.
E, acreditem se quiser, a Rede Record foi comprada por US$45 milhões, por um tal de Edir Macedo, no ano de 1989, há 19 anos atrás, quando essa pertencia ao Grupo Silvio Santos.
E foi bem no fim de 1989 que aconteceu a única revolta do Bloco Oriental que usou da violência para se desprender do regime comunista, na Romênia.
No Brasil, Fernando Collor de Mello foi eleito à presidência, e o resto vocês sabem, né?

Ah... Mil novecentos e oitenta e nove! Ano em que o grande pintor espanhol surrealista, Salvador Dalí, morre de insuficiência cardíaca, assim como o grande compositor e cantor Raul Seixas, que foi encontrado morto pela empregada, em seu apartamento.
Há dezenove anos atrás, exatamente há dois dias, nasceria um grande jogador brasileiro, Alexandre Pato e Dalai Lama ganhara seu 14º Prêmio Nobel da Paz.



É... eita aninho com grandes recordações!



Parabéns para mim, aliás.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Ando meio sem idéias, não sei o que está acontecendo... Logo, estava eu, aqui na agência, e perguntei para alguém sobre o que deveria falar. A resposta foi buraco, e depois fome. Gostei de fome.
Pode-se fazer uma variação enorme de fome, metáforas interessantes. A fome é um vazio causado para suprirmos nossas necessidades fisiológicas, ou seja, precisamos comer para sobreviver, o que me leva a crer que ninguém vive sem algumas coisas essenciais e "não-fisiológicas".
Mas como assim Thiago?
Ah... nunca ninguém ouviu a expressão fome de amor? Quando estamos tristes, para baixo, não sentimos um vazio dentro da gente? Um vácuo que parece apertar nossas entranhas, nos deixando completamente perdidos. Isso, meus caros, é a fome. A fome de felicidade.
E quando nos sentimos só? Como se ninguém ligasse para o que você sente, para o que você quer ou pensa. Parece que você vai viver para sempre sozinho, e assim morrerá. Esse vazio é péssimo, pois ele une a fome de felicidade, porque ninguém carente é feliz. Essa fome é a de amor, de carinho, de companhia.
Triste... essas fomes são terríveis, você sente um vazio que não é facilmente reposto, não tem como preencher esse vazio quando quer, é uma coisa mais complexa e confusa...



Há também a fome propriamente dita, sem nenhum fim metafórico. Essa mata com mais rapidez e crueldade. Pensei, pensei e pensei de novo.
Em 2002, a ONU anunciou que mais de 38 milhões. REPITO: TRINTA E OITO MILHÕES de pessoas na África estavam ameaçadas pela fome.
Em 2006, um país de pouco mais de 600 mil habitantes no nordeste africano, conhecido por Jibuti (Djibuti) tinha 20% da população (mais de 150 mil habitantes) sofrendo com a seca e a falta de comida.
Este ano, uma reunião em Londres da PAM (Programa Alimentar Mundial) com a ONU anunciou que a fome pode ameaçar mais de 100 milhões (isso mesmo, CEM MILHÕES) de habitantes, só na África. Disseram também que a fome é um tipo de "tsunami silencioso", remetente à morte de 220 mil pessoas nos países da costa asiática em 2004.
Agora pare, reflita e pense muito. Só na África são 100 milhões, este ano, imagine no resto do mundo? Se em 2002, apenas seis anos atrás, os ameaçados eram 38 milhões e, este ano, são 100 milhões, quase o triplo, imaginem daqui mais 6 anos. É a teoria do caos, a bola de neve que não para nunca de crescer.

E tem gente ainda sofrendo num egocentrismo enorme, vivendo no seu próprio mundo, sofrendo da fome de amor e felicidade.... sem saber que é feliz.

Nota do autor: Ju, obrigado pela idéia, até fiz pesquisa para desenvolver o texto!