sábado, 13 de setembro de 2008

Parte IV.2

"Marcos foi deitar se sentindo com raiva. Acordou se sentindo com remorso. Era um idiota, e sabia disso. As duas pouquíssimas horas de sono o deixaram complexado, pensativo e numa vontade de sumir. Queria liberdade, mas não queria estar só.
Desceu o elevador do prédio do amigo, sozinho, e foi pegar um ônibus. O vento gélido batia em seu rosto, enquanto, em jejum, acendia um cigarro. Colocou o fone no ouvido e decidiu ouvir algo agitado, NOFX, e sentou no ponto esperando seu ônibus. Estava sentindo uma mistura de sentimentos que não conseguia explicar exatamente o que era, sentia ódio de amar, ou vice-versa.
Na noite passada, não se lembra o que aconteceu. Prefere não lembrar, fingir que nada do que viu realmente existiu. Estava com medo e sem entender coisas. Odiava guardar segredos, mas esse ele levaria para o túmulo. A cada tragada, um surto.
Pensou, como sempre, e não chegou à conclusão alguma. Levantou-se e deu o sinal. Entrou no ônibus e a última coisa que pensou, antes de partir, foi: 'você é um idiota, Marcos.' E seguiu viagem."

2 comentários:

Adriana disse...

Tá ficando realmente perfeito (:
Quero mais, mais, MAIS!

Anônimo disse...

hmmmm, interessante....

continue..