segunda-feira, 20 de junho de 2011

Anos 80

E cá estou eu, sentado em minha cadeira de vime.
Descansando e balançando os pés, após uma caminhada que duraram alguns bons anos.
Não gosto de reclamar, mas dizem que eu tenho todo o direito.
Até me pergunto, de vez em quando, se existe alguma outra função para exercer.
Pelo menos não enxergo outra resposta diante de tantos olhos perdidos no tempo e no medo.
E nas falsas esperanças.
De um volto já. Um até logo.
Olhos perdidos na saudade.
E diante do espelho, enxergo uma vida inteira.
Nunca tão vivida e levada como desperdício.
Marcas de alguém que aprendeu.
Que viveu.
E agora apenas assopra velas esperando a hora de dizer, também, um até logo.

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