terça-feira, 26 de julho de 2011

JBB

Nunca a vi, nem a ouvi.
Só sei que andava de bicicleta e sonhava com o príncipe cavalgando em seu cavalo branco.
Que penteava cabelo de bonecas, sonhando que um dia elas poderiam chamá-la de mãe.
Quem é ela? Jamais saberei.
Mas eu a vi correndo atrás daqueles que ela mais desdenhava.
Dos amores que ela menos esperava.
Dos sabores que ela sempre venerou.
Mas ela jamais provou aquilo que se diz ser necessário.
Do que diz fazer-se de uma só pessoa.
Talvez ela fez-se só de três.
Que jamais amou mais que um pai e mãe.
Mais que dois irmãos e meio.
Menos que ela um dia amaria.
Ela acena, mas não termina seu desenho.
Sorri e deixa a lágrima escorrer.
Estapeia a injustiça daqueles que julgam ser divino.
Ou não.
Ela apenas foi com promessas de voltar.
Alguém que jamais conheci.
Mas pude sentir a perda de mais uma inocência.
E que os sorrisos registrados em vida
Não sejam deturpados, estuprados e esquecidos.
E que com uma morte, faça-se valer todas as vidas.
Daqueles que um dia puderam ir e virassem flor.

Descanse em paz...

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