domingo, 30 de agosto de 2009

Queria saber voar...

Queria saber voar, chegar lá no alto e olhar aqui pra baixo. Tocar nas estrelas, sentí-las geladas, mesmo sabendo que são quentes. Perderia o medo de altura, que só tenho pelo receio de poder cair... mas eu flutuaria, assim como os meus pensamentos.
Se eu voasse, eu te levaria lá pro alto, uma vista mais bonita do que a que poderíamos ver juntos da Torre Eiffel. Percorreríamos a Muralha da China no tempo que nos fosse preciso e visitaríamos todos os cantos do mundo, de mãos dadas no céus. Te levaria para as Sete Maravilhas do Mundo e depois as do Mundo Moderno.
Buscaria o algodão que forma as nuvens, os cristais que brilham nas estrelas e armazenaria a luz da Lua em um pequeno pote pra você se sentir segura, caso tenha medo, um dia, do escuro.
Queria saber voar. Assim poderia escapar de todos os meus problemas e trazer as soluções para todos os nossos. Visitaria todo o mundo e todas as pessoas que eu poderia sentir saudades. Fugiria do perigo, pularia do avião se ele estivesse caindo, me salvaria de todas as possíveis maneiras de ter um fim trágico.
Mas então paro e penso. Qual seria a graça de ter tudo que eu bem quisesse sem ter de lutar por aquilo? Qual a graça de não sentir saudades, qual seria o objetivo da minha vida sem ter pelo o que lutar? Seria tão mágico quanto eu penso, poder ter tudo ao meu alcance? Nós, seres humanos, vivemos com um único objetivo: ter objetivos.
É... queria saber voar, não nego. Mas acho que estou bem mais feliz com meus pés no chão...

Um comentário:

Elô disse...

Viu "Under Dog"? Numa cena ele leva a namoradinha dele pra voar. Ela acha o máximo, afinal, sentir o vento no rosto é o que todo cão mais gosta. Um prazer tão simples... nós humanos temos muito o que aprender com eles, os fiéis cães. Seríamos mais felizes se valorizássemos pequenos, e alcançáveis, prazeres.
Bj