quarta-feira, 25 de maio de 2011

Aquela Piscada

Se pudesse descrever aquela piscada de olhos, sem a pretensão de fazê-la da simplicidade, não terminaria até a luz da nova lua.
O tremor do medo, do suspense, de saudade.
O medo do vaso cair e quebrar no chão.
O suspense do escuro.
A saudade da lembrança na teoria.
A vontade de sinceridade, do acerto, do sorriso.
Da sinceridade nada escura.
Do acerto em não cair.
Do sorriso de lembrança na teoria.
Aquela piscada de olhos.
Aquela piscada de tristeza. De angústia.
De sinceridade. De sorriso.
De lembrança.
Aquela piscada de olhos.
E me pergunto como consigo passar horas e descrever. E reescrever.
Aquela piscada de olhos.
Um final de dois segundos.
Mas talvez, nesse romance teatral, haja um segundo ato.
E aquela mera piscada de olhos possa ser a protagonista.

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