terça-feira, 24 de maio de 2011

Cinco minutos

Nem que seja por meros cinco minutos, ela é real.
É verdade. De verdade.
A sinto crescer em cada fio de cabelo.
Ela se despede acenando e volta sorrindo quando a respiro de volta.
Não é mentira. De verdade.
Eu não gosto de tê-la como regente.
Não gosto de viver ao lado dela.
Mas enquanto ela está segurando minha mão, posso dizer que vivo para aqueles segundos.
Ou meros cinco minutos.
Ela é real. E intensa.
E como uma piada mal contada, ela se vai de novo.
Sem me arrancar uma risada amarela.
Como uma saudade memorável, ela me aperta.
E expreme, por dentro, uma lágrima triste.
De verdade. Não podia ser, mas é.
E toda vez que ela fica nessa gangorra, nesse sobe e desce que não tem mais fim, me pergunto qual o lado mais pesado.
O meu ou o seu?
O nosso.
Enquanto isso, espero me dar esses cinco minutos.

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