quarta-feira, 4 de maio de 2011

De um homem só

Um grande amigo anônimo me disse, certo dia, que o amor não pode ser comprado.
Eu concordo e até reforço.
Não lhe comprarei anéis de diamantes, não lhe enviarei flores toda semana. Nem todo mês. De piegas morreu o romântico, perdido em meio a tantos desfiles e alegorias.
O que eu posso oferecer vai além da sinceridade, da autonomia, da carga física que lhe falta em sua bateria diária. Eu quero é mais; quero ser um homem só.
Eu não lhe enfeitaria da cabeça aos pés com dourados e brilhantes, muito menos lhe levaria o presente mais caro. O superficial, creio eu, deixo para os mais ilustres exibicionistas. No palco que me oferecem, só subo com meus ideais.
E você se encaixa nele. E neles.
Mesmo hoje entendendo que o que um dia enxerguei em seus olhos eram apenas fantasias minhas, não há nada que me faça fechar a ferida de uma certeza desmascarada. Hoje sei que nada mais sou do que seu lápis preferido. Pronto para rabiscar sentimentos na sua pele e você poder apagar 5 dias em apenas algumas horas.
O meu exército é de um homem só. Enquanto o deles é inumerável, indiscutível.
Do que adianta me esforçar para esperar a bala fria acertar o meu peito e acabar sucumbindo de joelhos, diante à mentira?
Nada.
Agora sei o quão difícil é cruzar um oceano para desencontrar do grande amor.

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