segunda-feira, 23 de novembro de 2009

You tell me...

Será que é possível não se reconhecer ao se olhar no espelho, logo cedo?
Deixar a imagem refletida desaparecer na memória dos olhos, imergir nos mais profundos sonhos ocultos da mente humana, desaparecendo ao som de cada pássaro que passar.
Será que é possível aprender a amar? E ensinar, adestrar e fazer se acostumar?
Mostrar todos os vícios e virtudes que você possui e, mesmo assim, fazê-la sentir o ar comprimir, o tempo parar e as noites passarem devagar com a minha presença em sua cabeça.
Será que é possível acreditar no coração?
Enxergar a mentira que nós inventamos, o amor que desafloramos e todo o carinho que sentimos por puro acaso do órgão mais desastroso que temos.
É ou não é possível voar?
É preciso flutuar sobre cabeças que andam para se possuir asas, ou apenas podemos nos sentir leves o suficiente para nossos pés desgrudarem do chão com a facilidade que uma criança sorri ao ver seu pai lhe fazendo uma careta? O amor.
Será que é possível derramar lágrimas ao som do acorde?
Sentir na pele, no peito e na mente a melodia da dor, da angústia e felicidade. Sorrir quando a piada ainda não chegou ao fim, pelo simples fato de se lembrar de algum fato dá ocorrido.
Será que é possível sentir as pernas tremerem em poucas semanas?
Ouvir os batimentos cardíacos no ouvido, o suor escorrendo por dentro da pele, os poros se abrindo com o vento matutino.
É ou não é possível se entreter nas mais belas paisagens?
Seja ela criada ou pintada. Seja ela de pedra ou in natura.
Será que é possível mudar o futuro?
Não alterar o passado, tentar viver o presente e, ainda assim, transformar os dias que virão.
Não sei que o pensar, não sei mais se quero a eternidade.
Não se for para não tê-la durante todo esse espaço de tempo que eu a considero.

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