sexta-feira, 6 de novembro de 2009

O mar

Pois é... finalmente nos reencontramos, né? Fazia tempo que eu falava pra Deus e o mundo que eu tava mesmo é precisando te ver e sentir toda'quela mistura de sentimentos bons que só você pode me causar.
O engraçado é que ninguém entende a minha relação de amor e respeito por você. Eles acham estranho eu não querer te tocar, eu não sentir você na minha pele e ficar apenas te observando e pensando o quanto é bom estar alí, frente a frente com você.
Acho que nem preciso falar que sentir você assoprando no meu rosto é algo que nada nesse mundo me faria melhor. E você sabe, pois eu fico de frente pra você, com meus dois olhos bem fechados e um sorriso bem besta na boca que vai se abrindo lentamente, até eu mostrar meus dentes, demonstrando toda felicidade do mundo. Tudo isso só em um assopro.
Me agrada o jeito que você acorda de manhã toda serena e me divirto com seu jeito peculiar de ir se irritando durante a tarde. Você nunca fala, mas tenho certeza que o sol te irrita muito e é isso que te faz ficar possessa.
Esse fim de semana eu vi o mar. Levei para ele todo meu rancor, toda minha raiva, todo meu desespero e, acima de tudo, todo o meu amor e compaixão. Cada onda quebrada com força levava a sua água até meus pés e neles eu consolidava todo meu sentimento.
A água fria passava por entre meus dedos e voltava para dentro de seus profundos domínios, levando de mim toda angústia de quem um dia chorou lágrimas para preenchê-lo. E do alto eu pude acender meu cigarro e observar cada movimento leve que a água fazia com o favor do vento.
Pensei, refleti, sorri e sentei com os pés suspensos no ar. Na sétima onda eu desejei aquilo que já tinha: extrema felicidade em viver.

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