segunda-feira, 15 de março de 2010

Ausência explicada

O barulho da chave entrando na fechadura quebra o silêncio de muito tempo no corredor. A porta está emperrada e custa a abrir, mas com um pouco de força ela se abre e você percebe suas juntas enferrujadas.
O cheiro não é um dos mais agradáveis, a sala está escura e demora-se alguns minutos até eu encontrar o interruptor de luz.
Click. Luz e desespero. É pó, são teias de aranha, é abandono.
Já tinha me esquecido da última vez que abri a porta e desisti de entrar, mas hoje eu estou decidido: vamos reformar tudo isso.
Vou até a lavanderia, pego um balde e o encho de água, pego vassoura, rodo, panos limpos e começo a limpeza. É hora de deixá-lo como no passado.
Me desculpe, não vou mais deixá-lo abandonado.

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