quinta-feira, 25 de junho de 2009

Pronto, eu falei.

Pronto, eu falei.
Lavei a alma, mas sujei a vida.
Alterei o ego e a imagem.
Ultrapassei o medo e encontrei o orgulho.
Por quanto tempo?
Caberá agora a ele me dizer se fiz certo.
Poça d'água na calçada vazia.
Um buraco no tecido fino.
O escuro túnel do pensar.
Pronto, eu falei.
E já procuro a velha máquina do meu avô cientista.
Quis conhecer seu semblante.
Quis dar o valor da noite.
Perdi o sono e o sentido.
Pronto, eu falei.
E talvez tenha sido o certo.
Mas nem sempre a vontade.
Dizem que é normal.
Mas sei que é errôneo.
Pensamentos difusos no céu estrelado.
Bate-papo que não cessa. Vontade que espelha a ansiedade.
Pronto, eu falei.
Deito na cama e fecho os olhos.
Abro-os e ainda é noite.
Os fecho quando já está de dia.
Deito na cama e durmo.
Na esperança de amanhã ser o novo dia.
Encontrar o novo espaço para preenche o vazio.
De um dia ter lembrado que te esquecer não é assim tão fácil.
E há de ter.
Pronto, eu falei.

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