sábado, 1 de novembro de 2008

Season Finale

"Após uma eternidade, sexta-feira estava aí. Marcos planejou passo a passo como faria para tentar falar com Roberta, sem amedrontá-la, sem deixar ela fazê-lo de cachorrinho dela também. Renato acabou desistindo de ir, pois tinha que jantar com pessoas do trabalho, mas deixou Anahí ir, contando com os olhos bem observadores de Marcos nela.
Separou sua roupa, tomou um belo de um banho, se ajeitou e foi para casa de Fabi, onde estariam as duas o esperando para irem para a festa. Marcos estava nervoso, fumava um cigarro atrás do outro para tentar conter os nervos que estavam praticamente pulando pela sua pele.
A festa estava acontecendo na casa de Katarina, uma amiga das meninas, conhecida de Marcos. Uma casa com um salão grande, onde fora instalado equipamentos de luzes, uma mesa de som do DJ e na cozinha estavam baldes e mais baldes de cerveja. O menino passou rapidamente pelo salão e foi pegar uma cerveja para ele e as meninas, e então voltou para o quintal.
A noite estava fria, gélida e obscura, mas tudo parece ter mudado depois que viu sua princesa lá fora. Vestida com uma calça preta e um vestidinho xadrez, com os cabelos loiros soltos, Roberta estava alí conversando com as duas, sorridente, tomando uma cerveja. Seus olhos verdes radiavam o local e era difícil algum homem que passasse por elas e não notasse a beleza rara da menina. Marcos respirou fundo e caminho até elas.
A cena repetiu-se muitos momentos na festa, e Marcos lembrava-se dela como um fanático por futebol relembra os títulos ganhos pelo seu time que foram assistidos. Roberta parou de conversar com as meninas e olhou para Marcos, abriu um sorriso que só ela podia dar, com os dentes bem expostos, numa felicidade sincera e soltou os braços no garoto. Dizia que estava com saudade e que estava feliz por ele estar bem, sem soltá-lo um instante sequer. Marcos tremia por dentro, não sabia como estava a cena por fora, mas em seu interior os órgãos se rebatiam em uma festa tremenda. Ela estava feliz por ele estar alí.
- Preciso falar com você. - disse a menina olhando, com seus olhos verde esmeralda, nos olhos de Marcos. - Você vai se arrepender se não ouvir.
O coração de Marcos parou, e então acelerou rapidamente, como um carro que saí cantando pneu em uma corrida candlestina. Abraçou-a e ela falou no seu ouvido:
- Você é foda, Má! - começou ela sussurrando no ouvido dele. - Você tem sido um cara muito importante para mim, suas mensagens no meu celular, orkut, os depoimentos, tudo me faz chorar sempre que vejo, você é um amigo que...
- Eu não quero ouvir isso, Rô. - interrompeu Marcos. Ele não queria ser amigo dela, não queria que ela o visse como amigo. Ele tentou de diversas maneiras mostrá-la que ele estava alí, para ela, sempre, mas não só como um amigo. - Você sabe que não é só isso, para mim...
Roberta o soltou e o olhou profundamente, como quem gostaria de dizer algo apenas com o olhar:
- Você sabe que você é para casar, Má! Eu sei que você é para casar...
Marcos bombardeou seu coração de alegria e sorriu, depois de muito tempo sem sorrir, numa felicidade extrema:
- Quer saber algo engraçado, mas que é a verdade? - disse ele a abraçando. - Você também é para casar...
Roberta o abraçou bem forte, calorosamente, e então, em uma complicação de ambos, foram se beijar no rosto, mas parte do canto do lábio de Roberta pegou nos lábios de Marcos. O silêncio veio à tona e eles não se olharam mais, cada um foi para seu canto. Mas antes de ir, o menino tentou pegar na mão de Roberta, que apenas disse:
- Não, Má. Você é só daqui dez anos...
*
Após beber muito, Fabi começou a passar mal, impossibilitando Marcos de ir atrás de Roberta, para poder cuidar da amiga, junto de sua cunhada. Ele estava puto da vida, pois Roberta não estava dando muita atenção para amiga e estava falando com um cara que tinha conhecido na festa, o que piorava a raiva de Marcos.
Em um certo momento da noite, Marcos foi buscar água na cozinha para Fabi tomar e não achava um copo limpo. Saiu para a parte de trás da casa, na procura de um copo plástico. Aquela área era simples, com um pequeno tanque onde estavam as cervejas para gelar, engradados de refrigerante e cerveja no chão e, mais para o lado, um pequeno corredor escuro. Marcos cochichou consigo algo sobre não estar achando nenhum copo e ficou em silêncio quando viu o que jamais gostaria de ter visto.
Roberta estava de costas para a parede do corredor escuro, dando uns amassos no garoto que estava conversando com ela, e nem notou a presença de Marcos alí.
O mundo girou ao contrário, a terra desprendeu a gravidade e Marcos flutuava, alí, perante todas as pessoas. Engoliu um seco, fechou os olhos e foi para o quintal da frente. Sua mão tremia enquanto ele pegava um cigarro e tentava acender, seu coração estava dolorido, machucado e estraçalhado. Sentou no chão, longe de todos, e começou a fumar compulsivamente. Era um otário, um babaca e não conseguia pensar em mais nada do que isso. Com tanta experiência nesses casos, não acreditava que caíra mais uma vez. Ninguém é perfeito mesmo, pensava ele.
Apoioi sua cabeça nos joelhos e alí ficou, pasmo com a vida. Ele merecia aquilo, por ter sido um inútil, por ter sofrido um acidente e ter dado brexa para Stela estragar sua vida, mas depois pensou que, talvez, a conversa que Roberta queria ter com ele no dia do acidente era apenas um ombro amigo que ela precisasse, e ela considerava Marcos apenas e somente isso. Uma lágrima escorreu pelos seus olhos.
- Que foi menino? - uma voz saía de trás dele. Era Anahí, sua cunhada, percebendo a tristeza do menino. Marcos olhou para ela com os olhos cheios d'água e então ela tinha percebido o que era. - Não fique assim... Ela é assim, ela quer curtir, te garanto que uma hora ela cansa e vai querer ter alguém assim como você.
Marcos abraçou sua cunhada. Adorava ela, e ela o fez mais feliz durante o resto da noite. Os dois fizeram companhia um ao outro a noite inteira, pois os dois estavam sem seu "par" na festa, o que deixou o menino mais feliz e ele acabou por nem pensar direito na sua princesa.
Na hora de ir embora, Marcos deixou Fabi e Anahí na casa da primeira, pois a cunhada iria dormir lá e deu carona para Roberta até sua casa.
No caminho ficaram conversando sobre outras coisas, sobre ter família, filhos, quantidade de fihos, nome de filhos, entre outras coisas, mas Marcos nem chegou a comentar sobre o fato que ele sabia que tinha acontecido.
Entrou no condomínio de Roberta e estacionou o carro na frente da casa dela.
- Obrigada, Má. - Roberta o agradeceu com um beijo super longo na buchecha e abriu a porta do carro. Ao fechar a porta, o garoto desceu o vidro e falou:
- Durma bem, Rô. A gente se vê daqui dez anos.
Sem fechar o vidro, nem nada, partiu com o carro e foi embora. No carro tocava You and Me do Lifehouse, e Marcos seguiu para sua casa, novamente sozinho. Estava cansado disso, mas ele não deixaria mais uma escapar dele. Ele estava verdadeiramente apaixonado."

2 comentários:

Adriana disse...

NOOOOOOOOOOOOOOOSSA :O
MAS já acabou Thiiiii????

Anônimo disse...

NOOOOOOOOOOOOOOOSSA :O
MAS já acabou Thiiiii???? [2]


tiiiiipo, ele não vai pegar nenhuma das duuuuuuas??? ¬¬'