domingo, 23 de maio de 2010

O matador

Ele era matador, de aluguel e do prazer.
O troco do pão ou a maleta de dinheiro eram reais motivos para ele começar a diversão, o desespero.
Mas foi de outrem que encontrou decepção no se ofício. Foi um tiro no escuro com os olhos fechados e a bala acertou em cheio o peito do alvo. Ele morreu, ele sobreviveu. Os dois sangraram.
E então tudo voltou para a cabeça do matador. Seus pensamentos eram uma mistura de tensões, um desejo de sumir e transcrições dos erros e acertos.
"Mate-me", suplicava ao matador.
O alvo suspirava. Não sabia o por nem pelo quê.
Ele era matador, o medo.

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