sábado, 7 de março de 2009

Fernanda

A janela fora esquecida aberta naquela quarta a noite em que Fernanda chegou um pouco alterada do bar. O sol alcançava aos poucos o centro do céu, quando começou a incomodar os olhos ainda fechados da menina, que dormia na cama do apartamento.
Xingou uma ou duas vezes, em meio a tantas reviravoltas, colocando, ora o travesseiro na cara, ora o lençol, até que resolveu se levantar.
Vestida com uma blusinha de alça branca e apenas uma calcinha, Fernanda era o arquétipo de menina gostosa de todos os garotos da faculdade. Cursava enfermagem na federal de São Paulo e fugia das regras do esteriótipo de uma menina bonita e enfermeira. Tinha a personalidade muito forte e era muito inteligente e decidida, com espírito de liderança e muita determinação em seus atos.
Loira de olhos cor de mel, tinha o corpo bronzeado naturalmente. Levantou-se da cama e olhou para o relógio que indicavam 11 horas. Sorriu e sentiu-se aliviada por estar de folga aquele dia da faculdade, por motivos óbvios de uma faculdade federal: greve.
Tomou um banho rápido e voltou para o quarto para se trocar. Lá fora, o sol era escaldante e dava a impressão de fritar qualquer um que ficasse cinco minutos debaixo dele, então vestiu uma saia, uma rasteirinha no pé e uma blusinha curta e clara. No dedo, uma aliança de compromisso com Carlos, o terceiro integrante da república de Marcelo e Rodrigo, baixista da banda, o qual iria encontrar saindo de lá.
Saiu de seu quarto e foi até o quarto de Samanta, para fazer o de sempre: arrumar a cama e desligar o computador que a menina deixava ligado todas as manhãs antes de ir para a empresa. Pegou seu celular e ligou para o namorado, na esperança dele já ter acordado.

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