Os olhos se fecham lentamente e você não crê que é o tempo necessário para acompanhar, ao seu ritmo, toda a trama, a ópera da falsidade.
O tenor solta o grave ao som do quarto movimento, fazendo-te acordar, abrir os olhos para a realidade. A platéia vazia, o teatro escuro e apenas ouve-se, ao longe, a voz ecoando pela acústica.
Você se levanta e tateia as poltronas buscando uma saída, uma luz ao longe com três ou quatro silhuetas acenando.
Meus verdadeiros amigos eu conto nos dedos de uma só mão.
Thiago Klein
05/03/2009
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