domingo, 12 de abril de 2009

2012

Parado sobre uma ponte de pedras, ornada em ouros reluzentes, estou debruçado, observando o rio que por debaixo passa. A lua nova reflete um branco brilhante no rio, sendo deformada pelos movimentos na água escura, causados pelo vento fraco que nela batia.
Apesar do pouco vento, o frio é intenso, daqueles que fazem sair um "vapor" a cada sopro que se dá, tornando a noite agradável. Nas minhas costas vejo passar rapidamente vários feixes de luz branca vindas dos faróis dos carros que pela ponte passam, sem som algum de buzinas, apenas os das rodas tocando o asfalto liso.
Uma pequena chuva começa quando o relógio marca o ínicio do dia seguinte, pouco comum no outono. Alguns guarda-chuvas aparecem rapidamente e eu sigo para o café alí próximo. Sento na calçada, debaixo do grande toldo azul-marinho e observo os pedregulhos que dão caminho, sendo molhados lentamente pela garoa.
Peço um expresso grande e volto minha atenção para a cidade totalmente iluminada. Acendo um cigarro e abro o menu, procurando alguma opção de jantar. Fecho-o e olho para o relógio.
Je suis en attente de mon amour.

Um comentário:

Gabriela disse...

como já disse: gostei desse. :)
beijobeijo.