quarta-feira, 22 de abril de 2009

Parado de frente pro mar, sinto minhas canelas atoladas com areia. Pensamentos distintos vão e voltam como uma gangorra, um barco viking com velocidade brutal. O que me faz ser mais alguém do que outrem?
Ditar poemas de Maya Angelou e passagens de Sontag é conhecer mais da vida do que alguém que sabe trechos de músicas de Stephen Sondheim ou o quão bizarra foi a vida, e como ele transcreveu-a, de Irwin Ginsberg?
Contar piadas a la Lenny Bruce em cima de um palco, dar a cara a tapa como anônimo perante uma platéia sedenta pelo humor, morrer de descontentamento como Neruda, ter um jeito único e genial de escrever como a Miss Stein, a visão cineasta de Antonioni ou Bertolucci, saber o que se está escrito em um Carmina Burana, ter visto um filme de Havel, enfim.
Muita gente busca na história e seus nomes mais alternativos, e de pouca ciência entre a massa, uma saída para o mundo experimental. Conhecer mais e os mais desconhecidos, não o transforma no mais sábio, mas é claro que te dá bagagem cultural, basta saber como absorver tal conhecimento.
Agora chega, vou-me deitar. Apenas precisava de um pretexto para a minha "penseira" para poder dormir de cabeça vazia. Boa noite.




NOTA: todos os nomes acima citados são mencionados na música La Vie Boheme, do musical Rent.

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